“Vendo” a Graça de Deus
Tony Cooke
A pergunta #1 que me fazem a respeito das minhas viagens é: “o que você vê ao viajar para diferentes igrejas?” Essa pergunta é normalmente feita por pastores que estão curiosos a respeito de tendências (outras igrejas estão crescendo, estagnadas ou declinando?), sobre desafios enfrentados por igrejas em outras partes do país, ou sobre quais estratégias e abordagens estão funcionando em outras congregações.
Todas essas são coisas ótimas a serem consideradas, mas minha principal observação ao visitar igrejas não é tão analítica. Me identifico mais com o que Barnabé vivenciou quando foi enviado para visitar a igreja em Antioquia: “Tendo ele chegado e, vendo a graça de Deus, alegrou-se e encorajava a todos, para que permanecessem fiéis ao Senhor, com firmeza de coração” (Atos 11:23, KJA). Eu já havia notado esse versículo anos antes de começar a viajar, e me lembro de me perguntar: “Com o que a graça de Deus se parece?”
Outras versões das Escrituras podem nos dar alguma idéia sobre isso.
(NTLH) “Quando chegou lá e viu como Deus tinha abençoado aquela gente…”
(NVI) “Este, ali chegando e vendo a graça de Deus…”
(MSG) “Tão logo chegou, ele viu que Deus estava por trás de tudo.”
Creio que Barnabé tenha visto vidas que haviam sido e estavam sendo impactadas e transformadas pelo poder do Espírito Santo. Ele viu que pessoas haviam nascido de novo e estavam crescendo na fé. Viu que as pessoas adoravam com alegria e gratidão pelo que Jesus havia feito por elas e pelo que o Espírito Santo estava fazendo nelas. Ele também teria testemunhado pessoas se amando e servindo a Deus juntas.
E como Barnabé reagiu a tudo isso? Ele “alegrou-se e encorajava a todos, para que permanecessem fiéis ao Senhor, com firmeza de coração.”
Há um tempo para análises estratégicas e para avaliar o que podemos fazer melhor. Porém, também é importante parar e apreciar o bem que Deus já fez e continua a fazer em nossas vidas. E isso é verdade, quer sejamos pastores de uma igreja ou não. Mesmo em nossos lares, relacionamentos e locais de trabalho, estamos parando para realmente sermos gratos pelo que temos? Estamos aproveitando cada passo da jornada?
Às vezes, o desânimo tenta se instalar quando vemos as coisas indo na direção errada ou quando não estamos obtendo os resultados que gostaríamos. É nesse momento que nos lembramos da determinação de Paulo: “E essa pequena e passageira aflição que sofremos vai nos trazer uma glória enorme e eterna, muito maior do que o sofrimento. Porque nós não prestamos atenção nas coisas que se veem, mas nas que não se veem. Pois o que pode ser
visto dura apenas um pouco, mas o que não pode ser visto dura para sempre” (2 Coríntios 4:17-18 NTLH).
Veja sempre a graça de Deus quando ela estiver em operação — quando Ele estiver trabalhando. E, quando os problemas disputarem a sua atenção, certifique-se de fixar o olhar nas coisas que não são perceptíveis aos sentidos humanos, nas promessas, na bondade e na presença de Deus.